A influência das cores nas emoções e sensações
28 de fevereiro de 2023 2023-02-28 17:49A influência das cores nas emoções e sensações
A influência das cores nas emoções e sensações
Cores despertam emoções e podem ser usadas como terapia complementar para melhorar a qualidade de vida de autistas, por meio da cromoterapia
Você já se perguntou porque simpatiza com uma cor e quer usá-la nas roupas ou nos cômodos de sua casa? Ou porque os consultórios médicos trabalham bastante com tons de azul e os restaurantes com o vermelho?
Todas essas situações são explicadas pela psicologia, pois, as cores dos ambientes – e das roupas – transmitem emoções e sensações. Entenda mais sobre esse assunto e como a psicologia das cores pode ajudar as pessoas neuro divergentes.
As sensações que as cores transmitem
Como a percepção das cores é processada no cérebro, diferentes emoções podem ser associadas a elas. Abaixo confira as sensações que elas passam.
Azul
O azul costuma ser associado à calma, confiança, harmonia e serenidade. Ajuda a desacelerar e diminui o ritmo cardíaco.
Amarelo
Remete à alegria, relaxamento, otimismo, esperança e felicidade. Como estimula a concentração e o intelecto, aparece em ambientes de trabalho nos quais a criatividade precisa estar sempre em alta.
Vermelho
Paixão, raiva, urgência, amor, excitação e fome. Essas são algumas sensações despertadas pelo vermelho. A cor é muito comum em cozinhas e restaurantes, mas deve passar longe de quem se sente estressado ou tem ansiedade.
Laranja
Esta cor está relacionada com a alegria, amizade, criatividade e energia. Aparece muito nos locais de trabalho e ambientes de descontração ou reunião de amigos.
Verde
Natureza, prosperidade, esperança e serenidade. É uma cor muito utilizada com o intuito de se conectar com a natureza e para acalmar.
Branco
Virtude, paz, pureza e simplicidade. O branco transmite também leveza e por isso aparece tanto no ano novo, além de ser a primeira opção na hora de pintar paredes.
Preto
Poder, mistério e elegância, no lado positivo, tristeza em seu lado negativo. Preto deve ser usado com moderação porque leva à melancolia quando em excesso.
Marrom
Conforto, tranquilidade e proximidade com a terra. É indicado para quem gosta de um ambiente mais rústico e contato com a natureza.
Cinza
Neutralidade, sobriedade, responsabilidade e, no aspecto negativo, tristeza. Assim como o preto, não é indicada para locais em que se passa muito tempo.
Psicologia das cores e o autismo
Existem pesquisas que indicam que a terapia de cores pode ajudar crianças do espectro autista. Ainda não há uma conclusão definitiva entre a relação da psicologia das cores e o autismo, porém, como as cores despertam emoções, pessoas autistas podem ter preferências diferentes de quem está fora do espectro.
Segundo Renata Scarano, em seu artigo para a Revista Especialize, “a pessoa autista enxerga o mundo de outra maneira, mesmo tendo possibilidade de se integrar ao ambiente que a cerca. A cor pode ajudar a mudar um comportamento, um sentimento. Ela remete a sensações, mesmo quando não são vistas a olho humano, podem ser sentidas”.
Pelo fato do autista ter essa percepção diferenciada e o apego com certas cores, a cromoterapia tem sido utilizada como auxílio na socialização e formas de expressão. O azul é uma das cores mais aplicadas, por transmitir calma e confiança.
O que é a cromoterapia
A terapia das cores não é recente e já tem mais de 200 anos. É muito usada na medicina chinesa, ainda mais quando há uma integração com outras técnicas holísticas, como o Reiki.
Seu objetivo é usar as cores como uma forma de equilibrar os chakras e até curar determinadas doenças ou ao menos trabalhar como complemento no tratamento. Um bom exemplo é a ansiedade. Cores como vermelho contribuem para deixar a pessoa mais ansiosa, enquanto o azul e o verde acalmam.
Thaís Coppio, terapeuta envolvida com a cromoterapia, afirma que se trata de uma terapia de prevenção. “Com a investigação cromática nos atendimentos terapêuticos, conseguimos identificar o desequilíbrio energético da pessoa, pois cada cor se conecta a um chacra, que, de acordo com a medicina indiana, são os centros energéticos de nosso corpo, associados às glândulas endócrinas. Se alguma glândula não funciona bem, nosso sistema de defesa fica volúvel e podemos adoecer facilmente”, explica.
Infelizmente, por mais que existam benefícios comprovados, a cromoterapia não é uma abordagem reconhecida pela medicina tradicional. Assim, o ideal é consultar um profissional de saúde antes de usá-la no tratamento de algumas questões de saúde ou terapia comportamental para auxiliar na socialização da pessoa autista.